O externo prevalece ?

25/09/2012 0 Por Dudu


Falar sobre a influência externa é delicado, a linha entre o benefício e o prejuízo de uma influência externa é tênue e facilmente transponível, eis o motivo pelo qual devemos trabalhar e atualizar o nosso “filtro”.

Nós vivemos em um mundo cada vez mais competitivo, fútil, desrespeitoso e mau educado, confiar hoje em dia é uma tarefa complexa e poucos nos mostram que devemos, logo, nos dias atuais devemos contar muito com nosso coração e com nossa habilidade de identificar em quem devemos confiar, porém mesmo aqueles em quem confiamos, podem não conseguir nos ajudar adequadamente, pois somente nós mesmos sabemos o que é melhor para nós, baseados nas nossas experiências e no fato de que a vida é nossa e nós sabemos o que vale ou não a pena na busca de um objetivo.

O que quero focar neste post é o fato de que nos dias atuais, vejo que existem muitas pessoas que se preocupam demais com a opinião alheia, não só permitem serem influenciados pela opinião externa como acabam por viver tomando decisões e ações única e exclusivamente pensando em agradar ou desagradar a uma pessoa ou um grupo de pessoas, ou até mesmo a sociedade como um todo, esquecendo que na vida delas o principal são elas mesmas.

Porque agir para agradar ou desagradar alguém? Qual é o benefício que o contentamento ou descontentamento externo trás para a sua vida ? Provar que esta com a razão, provar que pode fazer o que diz, mostrar que é feliz ? A verdade tal qual ela é, a opinião externa não deveria te atingir e sim ajudar, agir para alguém sem pensar em você, sem pensar no seu desejo, sem pensar no que é ou não melhor para você, para a sua vida, é provar para esse alguém que ele estava certo, que você é facilmente atingido por esse alguém, que você não tem inteligência emocional para utilizar o filtro antes de armazenar as informações que lhe são disponibilizadas.

Somos uma somatória de nossas experiências, vivemos inúmeras conquistas, derrotas, ausências e perdas e armazenamos as lições aprendidas, tal qual um banco de dados que podemos consultar a qualquer instante que desejarmos, com isso, a opinião alheia deve ser avaliada e se bem filtrada e aprovada, deve ir para o banco de dados, sendo que anterior às nossas tomadas de decisão, consultamos esse banco de dados que nos apoia na tomada de decisão, agir de acordo com o que alguém vai pensar ou falar a nosso respeito é não respeitar nossas experiências, é ficar a mercê de alguém que não tem acesso ao nosso banco de dados e não tem a avaliação daquilo que é melhor para nós, daquilo que é o melhor caminho para prosseguirmos, daquilo que já sabemos e do que precisamos aprender.

Porque agir de acordo com a sociedade ou de acordo com um grupo de pessoas se não é essa a nossa vontade ? Não sei qual é o beneficio dessa postura e também não entendo, claro que existem uma série de regras e premissas básicas da vida em sociedade, mas me refiro à interferência que o externo causa na vida daqueles que assim permitem, e principalmente o prejuízo que temos quando permitimos que isso aconteça, permitir que alguém que não nós mesmos ditem as regras de nossa vida não é correto e analisado friamente é até falta de inteligência de nossa parte.

Somente nos ajuda a informação externa quando a analisamos e refletimos a respeito, para encontrarmos as respostas, a informação externa é proveitosa somente quando causa reflexão e introspecção, pois as respostas sempre estarão dentro de nós, em nossos corações e em nossa mente, onde facilitaremos a busca acessando o nosso banco de dados de experiências vividas, apoiando nossa tomada de decisão e seguindo o caminho mais adequado.

Aquele que se preocupa com a opinião alheia esta se privando de ter sua própria e esta à mercê do acaso, da sorte e da maré, coloque-se sempre em primeiro lugar, você sempre deve ser a pessoa mais importante para você mesmo, todos os seus julgamentos a seu respeito, devem ter como autoridade máxima o seu senso critico e a sua vontade, pois somos indivíduos, que seguimos regras e normas do meio ao qual nos encontramos inseridos, mas que devemos encontrar o equilíbrio entre agir de acordo com nossas crenças e o cumprimento das regras que devemos seguir, é como encontrar o equilíbrio entre os direitos e deveres, não ultrapassando os limites de um ou de outro.

CaeGomes